sexta-feira, 5 de março de 2010

Maniqueísmo Eleitoral

Não bastassem as atitudes contrárias ao bom senso de seu governo como a cessão de nossa embaixada a Zelaya, o apoio ao programa nuclear do Irã, a decretação do PNDH-3, o anúncio de investimentos em Cuba (tudo isso confirmando sua adesão ideológica ao bolivarianismo do "tonto" Hugo Chaves), dentre outros fatos, o esperto presidente Lula insiste na antecipação do clendário eleitoral entre nós. Sabedor da fragilidade de sua candidata, a ministra Dilma - que jamais disputou eleição -, este a expõe em toda e qualquer ocasião ao seu lado a fim de mostrar aos incautos o "poste" que apóia para sua sucessão. Tal estratégia criou na ansiosa platéia, acostumada ao dualismo PT-PSDB, a expectativa de que este último decida-se e logo revele o seu candidato. Até mesmo políticos tarimbados caíram na armadilha que gerou conflitos no partido oposicionista. Ora, o PSDB possui quadros altamente qualificados para a disputa da Presidência da República, mais que isso, com vasta experiência em eleições e reconhecidamente prestigiados em seus estados e nacionalmente. É prudente lembrarmos que no mês de abril, com a necessária descompatibilização, o nome tucano se apresentará e Dilma não poderá mais sair à tira-colo com Lula, pois não mais será ministra. Este será o momento propício ao início da campanha eleitoral para a oposição. Aqueles que defendem a urgência da revelação tucana esquecem que, isso feito, tal nome terá como advesário não a frágil Dilma, mas o popular Lula. Nesse momento, mesmo com Lula e Dilma em camapanha - que só o TSE não percebe -, os nomes do PSDB - mesmo sem estarem em campanha - colocados pelos institutos de pesquisa têm a preferência dos pesquisados/eleitores. Ademais, Lula declarou recentemente que, se preciso for (entenda-se: se Dilma estiver mal), licencia-se da Presidência para ser a lâmpada do poste durante a campanha legal, indicando que sua confiança na eleição de Dilma é limitada. O que a situação mais deseja no momento é que a oposição caia em sua arapuca, ou seja, lance extemporâneamente um candidato, para que, com sua popularidade, Lula o confronte e o imploda. Prudência e canja de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Ademais, quem prega a legalidade deve fazê-lo amplamente, e a lei eleitoral existe para ser cumprida.